Dubai: a verdadeira experiência árabe

   #Pelas bandas do Médio Oriente

   Olá leitores! Hoje quero dar-vos a conhecer uma das minhas maiores aventuras, ou pelo menos aquela que é verdadeiramente árabe: a minha viagem ao Dubai! Esta viagem não foi minimamente planeada, no sentido em que nunca tinha posto a hipótese de ir ao Dubai. A oportunidade surgiu naquele conhecido fim de semana do Mundo Abreu, que eu nem sabia como funcionava! Apenas vi o catálogo num sábado ao fim da manhã e nesse mesmo dia, a meio da tarde, tinha uma viagem marcada para um destino incrível, mas sobre o qual eu não sabia grande coisa, somente que é muito caro, o que não é muito animador. Mas realmente esta viagem estava a um preço incrível e tinha mesmo que aproveitar a oportunidade. Marquei em abril para ir em agosto. Até lá teria muito tempo para estudar o destino e programar tudo muito bem para que nada falhasse.

   Ora bem, primeiro ponto e o que mais me intimidava: o calor! Bem, ir em agosto para o Dubai não é brincadeira, porque os termómetros ultrapassam os 40 graus e para quem quer fazer praia, como eu, só há uma hipótese que é fazer praia dentro de água. O mar é magnífico e até quente demais (mais ou menos 27 graus) que nem dá para refrescar. Em Agosto esqueçam aquele bronzeado incrível, porque não vão conseguir estar mais de dez minutos fora de água. Contudo, o calor não foi impeditivo de ter umas férias incrivelmente fantásticas, mas era seguramente o aspecto que mais me assustava. Tudo tem ar condicionado, até as paragens de autocarro e mesmo esplanadas ao ar livre o têm. Acho que só mesmo as praias públicas é que não.

   Eu optei por alugar um carro e andar por conta própria e acho que andei muito bem, pois o emirado é super tranquilo, super seguro e organizado, não há nada para temer. Claro que estamos num local árabe com normas muito rígidas e punitivas pelo que temos que ter sempre em mente, mesmo apesar de sermos turistas, a sua cultura e tradições e se as soubermos respeitar, não há razões para medos nem para ter problemas. Acho que somente se trata de uma questão de respeito: não estamos na nossa casa, portanto devemo-nos comportar como tal. Claramente que não tive que andar de burca, nem nada que se pareça, mas tive que ter certos comportamentos de prevenção para evitar problemas (na verdade nem sei se teria, mas mais vale prevenir do que remediar).

   Bem, voltando à viagem: foi incrível! É um emirado megalómano, não muito grande, em que tendo carro se consegue andar muito bem e conhecer tudo que há para conhecer: as famosas ilhas em forma de palmeira (The Palm), com o famosissímo hotel Atlantis bem lá no topo da palmeira, toda aquela parte do Jumeirah Beach, o Burj Al Arab em que só se pode entrar se tiver uma reserva num dos seus restaurantes (a opção mais económica seria reservar para um chá das 5, mas mesmo assim ultrapassava os 70 euros por pessoa, e resolvi não me dar a esse capricho), as belas praias públicas, o incível Burj Khalifa, o Dubai Mall e o Mall of the Emirates, Dubai Marina e respectivos bares e restaurantes, os Old Souks e toda a zona mais antiga do Dubai que é também imperdível e até nos ajuda a perceber que não foi sempre assim: tudo imponente. Quem sabe até tenham a sorte que eu tive de visitar uma Mesquita fora de horas.

   Na minha viagem tentei fazer um bocadinho de praia de manhã e ao fim do dia, e nos intervalos então aí aproveitar para conhecer os pontos turísticos já enumerados porque andamos de carro, que tem ar condicionado e tudo o resto também tem. Onde vão sentir mais dificuldade com o calor é nos Old Souks e à noite no Dubai Marina, porque nesta altura do ano o calor não deu mesmo tréguas! De qualquer das formas correu tudo muito bem e não houve quebras de tensão, por exemplo! O importante é estar bem alimentado e acima de tudo bem hidratado!!! Esqueçam os exageros que li na internet de kit de viajante, com repelente, cinquenta chapéus, mil protectores solares e blá blá blá! Água sim, é muito importante! Um outro conselho é que se forem fazer praia em praias públicas lembrem-se que lá não há esplanadas à beira mar como cá. Não há nada nas redondezas das praias públicas, portanto terão que levar alimentos e água se precisarem. Mas sem stress. É muito fácil lidar com isso porque há imensos supermecados onde podem comprar tudo o que precisam: eu tinha um Carrefur mesmo em frente ao hotel onde me abastecia quase todos os dias.

   Comer no Dubai? Fácil! Eu fui em regime de pequeno almoço, por isso tive que fazer as refeições todas fora. Ora como há imensos shoppings, logo não faltam é sítios para comer e nada caros. Claro que se quiserem uma comida mais elaborada pagam um pouco mais, mas nada de extraordinário. Lembro-me que no Dubai Mall fui a um restaurante Libanês medalhado e paguei 50 euros para duas pessoas. Não acho nada demais para o que estava à espera. E depois não é preciso ir para o shopping para fazer refeições: em vários sítios há cadeias internacionais de comida rápida e bem em conta.

   Eu poderia estar aqui a descrever como foram os meus dias, mas eles foram tão intensos que este post se ia tornar demasiado pesado, pelo que vou optar por vos deixar algumas fotografias que penso que demostram bem o à vontade desta viagem e sem os medos que hoje em dia se deixam transparecer nos meios de comunicação social.

   Quanto à forma como poderão organizar a viagem lá, isso já é uma questão muito pessoal, mas pelo menos já ficam com uma ideia de como a minha foi. Espero que tenham gostado e caso estejam a pensar em ir ao Dubai não hesitem em contactar!

   Enquanto isso não se esqueçam: tenham muitos momentos maravilha!

by Soraia Maravilha