18.2.15

A minha primeira experiência num país árabe

   #Tunísia com tudo a que tenho direito


   Hoje quero partilhar convosco umas férias deliciosas que passei na Tunísia há cerca de quatro anos.

   Era a minha primeira vez num país árabe, mas sinceramente isso não me assustava muito, porque havendo consciência dos costumes e da cultura, se os respeitar-mos não haverá grande probabilidade de haver problemas. O que assustava, sim, era a situação política que a Tunísia estava a atravessar na altura e todo o reboliço que lá estava instalado, a denominada "Primavera Árabe". Sim! Acertei na altura ideal! Bem, mas logo pensei que as confusões seriam na capital, Tunis, e não em Hammamet que era a zona mais turística e para onde ía.

   Hammamet é uma aglomeração de hotéis com bastante comércio, restaurantes e bares, com as belas praias que a banham, o que fazem dela uma zona turística calma e bastante agradável.

   Eu fui na última semana de Agosto para o Hotel Iberostar Averroes que é bastante bom. É um quatro estrelas na primeira linha da praia e com praia privativa, piscinas exteriores enormes, boas áreas ajardinadas, refeições muito boas e diversificadas, e os quartos são gigantes, bem decorados e muito limpos. Gostei muito do hotel ( é uma cadeia Espanhola,portanto não havia muita margem para erro. Nunca fiquem em cadeias tunisínas!), especialmente dos dias maravilhosos de praia que fiz, e dos mergulhos nas águas lípidas do Mediterrâneo. Mas se estão a pensar ir à Tunísia não se fiquem por umas simples férias de descanso no hotel. Isso não vos traz nada de novo.






   Há algumas excursões que podem fazer e que vão dar-vos a conhecer a verdadeira Tunísia que há para além das facilidades que encontram em Hammamet. Eu optei por ir ao Deserto do Sahara ao invés de ir a Tunis e foi o que fiz melhor. Adorei a experiência no deserto. É um bocadinho caro (cerca de 90€ por pessoa), mas vale muito a pena: sai-se às cinco da manhã do hotel e ruma-se a sul, com várias paragens em pontos turísticos. Por exemplo, visitámos uma aldeia troglodita em que as casas são feitas nas próprias montanhas, aproveitando as qualidades térmicas do solo. Esta aldeia chama-se Matmata e tive mesmo a possibilidade de visitar a casa de uma família troglodita que recebeu lindamente o grupo. No decorrer da viagem de camioneta eu tive uma vontade impossível de ir à casa de banho e pedi ao guia para parar, mas como não havia nenhum estabelicimento nas redondezas fui a casa de uma pessoa que me recebeu lindamente. Era uma casa pequenina, muito asseada, com duas mulheres e cerca de três crianças e vi que ficaram muito felizes por se sentirem utéis. Quando voltei à camioneta foi um interrogatório brutal por parte dos outros turístas e todos queriam ter estado na minha pele. 








   O almoço está incluído e o primeiro grande objectivo é chegar-se ás Portas do Deserto para assistir ao pôr-do-sol num passeio de camelo. É simplesmente mágico e enche-nos a alma de boas vibrações. Toda a excursão tem um guia que fala fala português e o que me calhou era de uma extrema simpatia e sabedoria. Depois do pôr-do-sol é hora de jantar e recolher ao hotel no deserto. Passa-se uma noite noutro hotel, mesmo nas Portas do Deserto, mas é da mesma categoria do que aquele que estava hospedada.



   Passada a noite no hotel no deserto a hora da alvorada é ás quatro da manhã, pois o objectivo é ver o sol a nascer, antes de fazermos o safari deserto a dentro. O safari é feito em gipes enormes mesmo na imensidão do deserto em que não há mais nada a não ser dunas enormes de areia. É muita aventura e adrenalina juntas nesta parte da excursão. Visitámos um oásis que é uma coisa completamente diferente do que imaginei: só há uma nascente de água! 





   Rumo a norte, e no segundo dia de excursão, temos tempo de visitar o que um dia foi o Grande Lago Salgado e que actualmente só restam planícies cheias de sal (penso que foi devido a um terramoto). Tivemos ainda tempo para uma visita ao El Jem, o 3º Coliseu Romano em melhor estado de conservação. Passámos ainda em Kairouan para visitar a principal Mesquita da Tunísia, mas infelizmente já estava fechada. Sim, são dois dias mesmo muito cansativos, mas que valem muito a pena.






   Depois chegádos ao hotel ainda temos dias para descansar, pelo que aconselho a fazerem a excursão logo no início das férias. Agora já em Hammamet, há a Medina para se visitar, onde se podem fazer compras muito boas, mas preparem-se para regatear muito e é preciso muita paciência para os vendedores locais, eles são extremamente insistentes.



   Um passeio pela marina é obrigatório. 


   Por último quero contar-vos a minha saída nocturna por terras tunisínas: o nosso guia aconselhou-nos um local com discotecas e lá fomos. Foi giro ver que são pouquissímas as mulheres e as que há estão acompanhadas, ao passo que os homens dançam com homens e bebem uns copos juntos, especialmente porque o Ramadão tinha acabado há pouco tempo e eles estavam todos divertidos.


   Hammamet é seguro e os tunisínos da zona são muito simpáticos, mas também muito chatos para vender os seus produtos. Sendo mulher, há que ignorar a forma como eles olham para nós. Consegue-se ultrapassar bem este aspecto, especilmente se se tiver uma companhia masculina.

   Bem, acho que o essencial está cá, por isso fico a aguardar pelas vossas experiências e comentários. E não se esqueçam: tenham momentos maravilha!

by Soraia Maravilha

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