#Três dias em Berlim no pico do inverno
Olá!
Hoje quero partilhar convosco uma das minhas viagens de férias de inverno: Berlim. Fui a Berlim nos últimos três dias do ano de 2014. Na verdade fui quatro dias, mas como já lá cheguei à noite, só tinha três dias para explorar a cidade.
Eu estava a morrer de medo do frio e que ele fosse impeditivo para que tivesse umas boas férias, porque as previsões eram de temperaturas negativas e de neve. Aterramos no aeroporto de Berlin-Schoenefeld por volta das oito da noite e logo senti aquele frio gélido. Eu fui prevenida. Como sempre, fiz as minhas pesquisas sobre o que levar para vestir, que também vos posso dar umas dicas, e lá consegui suportar o frio alemão.
Na chegada não havia neve, mas estava muito frio e como já era noite fomos logo para o hostel. Apanhámos o comboio para a estação de Ostbahnhof que demorou cerca de dez minutos. É rápida a viagem. O nosso hostel era o A&O Hostels situado em Köpenicker Straße, a uns cinco minutos a pé da estação de comboios. Tivemos que apanhar um táxi para o hostel porque ninguém nos estava a conseguir ajudar na forma de como chegar ao hostel, apesar de os alemães serem muito prestáveis e simpáticos, ao contrário do esteriótipo que eu tinha criado. O hostel era razoável para este tipo de viagens em que só precisamos de um banho e uma cama para dormir, por isso aconselho e aconselho a irem com pequeno almoço.
Bem, mas as férias de cidade começam verdadeiramente é no dia seguinte, em que quando saio do hostel fico completamente em êxtase, porque estava tudo coberto e muito bem coberto de neve. Durante a noite deve ter havido um nevão daqueles à séria mesmo! Eu fiquei um bocadinho apreensiva porque nunca tinha estado num sítio tão gelado e com uma cidade para conhecer. Mas como estava muito bem agasalhada não foi difícil de suportar.
Começei por visitar o Muro de Berlim de manhã, a famosa East Side Gallery, que fica a cerca de quinze minutos a pé do hostel. O Muro é enorme e vão precisar para aí de uma hora ou até mais para verem todas as pinturas incríveis que ele tem.
O meu ponto de referência foi sempre a estação de comboios de Ostbahnhof e aí apanhávamos o autocarro para Alexander Platz que é o centro propriamente dito e a viagem nem dez minutos durava. Os bilhetes são baratos: na casa dos três euros para andar o dia todo. Estando em Alexander Platz vê-se logo a famosa Berliner Fernsehturm (Torre de Televisão de Berlim) que é realmente uma obra incrível e megalómana, o relógio do mundo, a catedral de Berlim, as famosas e mega estátuas do Marx e do Engels e consegue-se perceber a verdadeira movimentação da cidade. Mesmo com a cidade cheia de neve, ela não pára. É hora de passear também pela Ilha dos Museus, com os seus monumentos gigantestos e imponentes. Próxima paragem: Porta de Bradenburgo, mas aí apanhei um autocarro, porque apesar de ser tudo na Karl-Marx Strabe, as pernas já começam a ficar cansadas. De facto, a Porta de Bradenburgo é brutal. Gostei mesmo muito. Ainda fomos ao Reichtag, mas como não tinhamos marcado, não conseguimos entrar, o que considero uma falha muito grave da minha parte. Visitei ainda umas lojinhas de souvenirs, parei para um café quente e às 16h30 fica noite escura, mas pode-se continuar a andar na rua tranquilamente.
Voltei novamente a Alexander Platz para ver umas lojas: a Primark é imperdível, bem como a H&M, e a C&A, e entretanto fui para o hostel. Como estava muito cansada e estava muito frio jantei no hostel e por lá fiquei a relaxar.
No dia seguinte o acordar foi bastante cedo e estava também um dia gelado e cheio de neve. Para este dia reservei a visita ao Check Point Charlie que é um pouquinho mais longe, mas nuns vinte minutos no máximo chega-se lá. O que faz perder mais tempo são os transbordos que é preciso fazer nas estações de metro gigantescas, mas se optarem partir de Alexander Platz é mais fácil. Depois de um café bem quente no Starbuck's fomos visitar o Check Point Charlie e uma série de museus ilucidadtivos da história deste ponto turístico. Entretanto começou a nevar, mas ainda foi possível ir até ao Monumento em memória das vítimas do Holocausto que é qualquer coisa de arrepiante e místico. A neve não nos deu tréguas e começou um nevão muito forte que me obrigou a refugiar-me num restaurante para almoçar mesmo em frente a uma paragem de metro para depois rumar a Alexander Platz. Depois de lá chegarmos a neve não paráva e não havia condições para andarmos muito mais tempo a apanhar com os flocos branquinhos. Ora então o resto da tarde foi passado na Primark a fazer compras que depois me obrigaram a trazer uma mala de porão. No segundo dia estava quase tudo visto, só tive pena de não conseguir ir à Fonte Neptuno porque aquele parque envolvente estava em obras e os acessos estavam condicionados. Ao jantar fui a um restaurante ameriacano na estação de Ostbahnhof em que comi maravilhosamente bem.
O terceiro e último dia ainda deu para aproveitar porque o meu vôo foi só as 17h e então reservei este dia para visitar o DDR Museum (República Democrática Alemã) e foi muito produtivo, pois dá-nos uma ideia muito realista de como as coisas funcionavam e de como as pessoas viviam antes da queda do Muro.
E então acabam-se assim as mini férias de inverno, e venho de lá com a ideia de que os alemães são muito dados, tentam ajudar se percebem que estamos meio perdidos. Saliento também que não achei a cidade muito cara. Considero mais baratinha que Londres, por exemplo. E digo-vos que é uma cidade muito bonita e acolhedora, acompanhada pelo seu rio e que, na minha modesta opinião, teve um encanto especial por estar coberta de neve.
Espero que tenham gostado e que vos seja útil. Não hesitem se tiverem alguma dúvida! E enquanto planeiam a vossa próxima viagem tenham momentos maravilha!
By Soraia Maravilha